INSTITUTO BÍBLICO CRISTÃO: O PROFETA ELIAS

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

O PROFETA ELIAS



O PROFETA ELIAS
A História do Profeta Elias
O profeta Elias foi um dos homens mais conhecidos da Bíblia, citado tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. A história de Elias possui um papel muito ativo na narrativa bíblica. Através deste, conheceremos o que a Bíblia nos diz acerca de quem foi Elias.

A História de Elias
O profeta Elias viveu no século 9 antes de Cristo, durante os reinados de Acabe e Acazias, no reino do norte. Lembrando que em sua época o povo de Israel havia se divido em dois reinos. Judá era o reino do sul com capital em Jerusalém, e Israel era o reino do norte com capital em Samaria. Saiba mais sobre os reis de Israel e os reis de Judá.

A Bíblia não revela nada sobre a vida pessoal e familiar do profeta Elias. Sabemos apenas que ele era um Tisbita que morava na terra de Gileade, a leste do Rio Jordão. O nome Elias significa “Jeová é Deus”.

O ministério do Profeta Elias
O ministério do profeta Elias está registrado nos livros de 1 e 2 Reis (1 Reis 17-2 Reis 2). Seu ministério começa sem muita introdução, e termina com a descrição de sua ascensão ao céu.

Elias profetizou numa época muito difícil da História do povo de Israel do ponto de vista religioso. No tempo de Elias, o reino do norte havia alcançado sua melhor posição econômica desde que havia ocorrido a separação do reino após a morte de Salomão.

O rei Onri (885-874 a.C.) procurou estabelecer boas relações com as nações vizinhas. Ele casou seu filho, Acabe, com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônicos. Esse casal introduziu em Israel a adoração ao deus Baal de Tiro e Sidom. Acabe se encarregou até de construir um templo para Baal em Samaria (1 Reis 16:32).

Nesse contexto turbulento de idolatria e paganismo, Elias foi chamado para servir como porta voz de Deus. Ele recebeu a responsabilidade de lembrar aos israelitas que eles eram o povo do Senhor.

O ministério de Elias pode ser organizado em seis importantes episódios:

O aviso acerca da seca eminente e seu isolamento;
A luta no Monte Carmelo onde enfrentou os profetas de Baal;
A fuga para Horebe;
O episódio envolvendo Nabote;
A profecia acerca de Acazias;
Sua translação ao céu.
A seguir, conheceremos os detalhes mais importantes de cada um destes seis episódios que marcaram o ministério do profeta Elias.

Elias profetiza uma grande seca
Em 1 Reis 17, temos o registro, sem qualquer introdução, das atividades do ministério do profeta Elias. Na ocasião, o profeta Elias anunciou que haveria uma grande seca. Devemos lembrar que Baal era o deus da vida e da fertilidade. Logo, tal seca representava um ataque direto à suposta capacidade desse ídolo de controlar as condições do tempo.

Após essa profecia, Elias recebeu recomendações divinas para que se retirasse para o oriente, escondendo-se junto ao ribeiro de Querite. Nesse lugar, Elias foi sustentado milagrosamente. A água vinha do próprio ribeiro, e o pão e carne eram trazidos por corvos (1 Reis 17:2-6).

A viúva de Sarepta
Após o ribeiro secar por conta da severa seca, Elias foi instruído a ir até Sarepta, que é de Sidom. Lá ele seria sustentado por uma viúva (1 Reis 17:9). Num primeiro instante imagina-se que a viúva que sustentaria o profeta seria uma mulher de pose. Entretanto, a sequência do texto bíblico nos revela a situação precária em que aquela mulher vivia (1 Reis 17:10-12).

De forma milagrosa e providencial, Deus multiplicou a reserva de farinha e azeite da viúva até que a chuva voltasse a cair sobre a terra (1 Reis 17:14). Ainda no mesmo capítulo, temos o registro da enfermidade que acometeu o filho da viúva e o acabou matando.

A expressão “Que tenho eu contigo, homem de Deus?“, demonstra que aquela mulher associou a visita do profeta Elias com a enfermidade do seu filho. Ele pensava que a presença do profeta como um homem de Deus, havia atraído a atenção divina para o seu pecado (1 Reis 17:18).

Aquele acontecimento serviria como uma grande prova da identidade de Elias como profeta do Senhor. Elias orou a Deus e o filho da viúva foi restaurado à vida novamente (1 Reis 17:19-22).

Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo
Durante o período da seca profetizada poe Elias, a fome castigou Samaria. Nesse período Jezabel mandou matar os profetas do Senhor. Porém, havia um homem chamado Obadias, oficial de Acabe, que consegui esconder alguns profetas. Obadias também foi o responsável em intermediar um encontro entre Elias e Acabe.

Acabe culpava Elias da miséria em Israel, mas o profeta deixou claro que ele e sua família é que eram os verdadeiros culpados. Eles tinham pecado contra o Senhor, especialmente por causa da idolatria (1 Reis 18:17,18). Então o profeta Elias convocou todo Israel a comparecer no Monte Carmelo. Naquele lugar confrontaria os profetas de Baal sustentados por Jezabel. Saibam quem eram os profetas de Baal.

Os 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Aserá foram até o monte. Ali, dois sacrifícios seriam apresentados, um pelos pagãos e outro pelo profeta do Senhor. Ninguém poderia queimar os sacríficios, pois o fogo deveria surgir de forma sobrenatural. O verdadeiro Deus seria aquele que queimasse o sacrifício.

Os profetas de Baal fizeram tudo o que puderam, mas nada aconteceu. Elias então consertou o altar do Senhor que estava quebrado, e pediu que derramassem água sob o holocausto. O profeta Elias clamou ao Senhor, e Deus respondeu com fogo que consumiu o holocausto (1 Reis 18:23-38).

Todo povo de Israel reconheceu que “Jeová é Deus”. Naquele dia os profetas de Baal foram mortos e uma grande chuva caiu sobre Israel. Havia chegado ao fim o período de seca conforme Elias havia anunciado (1 Reis 18:40,41).

Nesse episódio também encontramos mais uma demonstração do poder de Deus na vida do profeta Elias. Ele foi capaz de correr à frente da carruagem de Acabe por todo o caminho até Jezreel. Isto representava uma distância de 30 a 35 quilômetros do local onde estavam.

A fuga para Horebe
Após ser ameaçado por Jezabel, Elias fugiu em direção ao sul. Esse foi um momento de profundo desamino na vida do profeta. Inclusive, ele chegou a desejar a morte (1 Reis 19:1-4). Entretanto, ele foi divinamente alimentado com pão e água e instruído a seguir em direção a Horebe, o monte de Deus. A caminhada durou quarenta dias e quarenta noites, e o profeta foi sustentado apenas pela refeição que havia comido.

O Monte Horebe foi o local onde o Deus da aliança de Moisés se fizera conhecido. Isto indica que a volta de um profeta leal a Deus àquele lugar era muito significativa. No Monte Horebe Deus deu nova visão e novas instruções ao profeta Elias. Ali ele recebeu três incumbências:

Ungir Hazael como rei da Síria;
Ungir Jeú como rei de Israel;
Ungir Eliseu como seu sucessor.
Vale mencionar que a comissão acerca de Hazael e Jeú foi complementada por Eliseu, já que a ascensão de ambos aos tronos da Síria e de Israel, respectivamente, é registrada no ministério de Eliseu.

O profeta Elias e a vinha de Nabote
Em 1 Reis 21, encontramos mais um grande confronto entre o Profeta Elias e a família real. Jezabel havia planejado a execução de Nabote que não queria abrir mão de sua vinha em favor de Acabe. Além disso, eles haviam ignorado o direito à herança da terra que era garantido na nação de Israel.

O Profeta Elias anunciou o juízo divino sobre Acabe e Jezabel, dando detalhes sobre suas mortes e avisando que sua casa seria destruída. Como Acabe se arrependeu, o Senhor adiou por uma geração a destruição da sua dinastia (1 Reis 21:29), mas Acabe e Jezabel tiveram mortes desonrosas conforme a profecia (1 Reis 22:37,38; 2 Reis 9:10,34-37).

A profecia contra Acazias
Acazias subiu ao trono de Israel, sucedendo a Acabe, seu pai (1 Reis 22:52). Em uma determinada ocasião, Acazias sofreu um acidente que o deixou aleijado. Prontamente ele tentou buscar auxílio no deus pagão, ironicamente chamado de Baal-Zebude, que significa “Senhor das Moscas”. Esse era um trocadilho que ridicularizava o nome Baal-Zebul, que significa “Senhor, o Príncipe”.

Acazias desejava saber se poderia se recuperar de seu problema. Mas Elias interceptou os mensageiros de Acazias, e ordenou que voltassem ao rei avisando-o que ele havia ignorado o Deus de Israel e que certamente morreria.

Revoltado, Acazias deu ordens para que o profeta Elias fosse preso. Ele enviou um capitão com cinquenta soldados ao encontro de Elias que estava no cume do monte. No entanto, todos eles acabaram consumidos pelo fogo que desceu do céu.

Acacazias enviou outro capitão com cinquenta soldados, e também foram consumidos com fogo. Insistente, Acazias enviou mais um capitão com seus soldados. Este último capitão subiu ao encontro de Elias e suplicou por sua vida e pela vida seus soldados.

O profeta Elias então o acompanhou e foi à presença do rei para transmitir pessoalmente a sua mensagem. Assim como Elias havia predito, Acazias não se recuperou e morreu (2 Reis 1).

Elias é levado ao céu
O final do ministério de Elias está registrado em 2 Reis 2. Eliseu, e alguns outros profetas, perceberam que o ministério do profeta Elias estava chegando ao fim, e que ele os deixaria. Por algumas vezes Elias tentou se distanciar, mas Eliseu insistiu em acompanhá-lo.

É importante lembrar que Eliseu já havia sido vocacionado para suceder o profeta Elias (1Reis 19:16,19-21). Elias e Eliseu foram a vários lugares juntos. Depois de um milagre realizado no Jordão o qual teve suas águas divididas, Eliseu pediu uma porção dobrada do espírito do seu mestre.

Essa era uma referência ao direito de primogenitura praticado nas famílias israelitas. Em Israel, o filho primogênito recebia a porção dobrada da herança da família. Além disso, ele tinha o direito de suceder o patriarca da casa (Gênesis 25:31; Deuteronômio 21:17). Em outras palavras, Eliseu estava desejando se tornar o principal herdeiro espiritual de Elias. Ele não queria ser exatamente duas vezes mais “poderoso” do que o profeta, como muitas pessoas imaginam.

Eliseu fez um pedido muito ousado. Elias lhe respondeu que não cabia a ele, e sim a Deus, decidir se o pedido de Eliseu seria atendido. A sequência do texto bíblico nos informa que a concessão desse pedido de Eliseu foi garantida. Eliseu viu Elias ascender ao céu em um rodamoinho escoltado num “carro de fogo com cavalos de fogo” (2 Reis 2:11).

Elias no Antigo Testamento
Além dos livros de 1 e 2 Reis onde sua história está registrada, o profeta Elias aparece em outras duas referências no Antigo Testamento. Em 2 Crônicas 21:12-15 temos notícias de que Elias enviou uma carta ao rei de Judá, Jeorão. Vale lembrar que o ministério de Elias se concentrou principalmente no reino do norte.

Jeorão havia sucedido seu pai, o rei Josafá, e foi repreendido por ter decidido seguir o padrão idólatra dos reis do reino do norte (Israel), ignorando o caminho do temor e da obediência a Deus, e se distanciando do que fora feito por Asa e por Josafá.

Há também uma referência a Elias no livro Malaquias 4:5. O profeta é mencionado como precursor do “grande e terrível Dia do Senhor“. Alguns acreditam que essa profecia conecta Elias as duas testemunhas do Apocalipse. Porém, o próprio Jesus indicou que se trata de uma referência ao ministério de João Batista (cf. Mateus 17:10-13; Marcos 9:11-13; Lucas 1:13,17). Particularmente creio que a última interpretação é a mais coerente com o texto bíblico.

O Antigo Testamento menciona três outros homens com o mesmo nome de Elias. O primeiro foi um benjamita (1 Crônicas 8:27,28). Os outros dois foram um sacerdote e um filho de um sacerdote que casaram com mulheres gentílicas (Esdras 10:21,26).

O profeta Elias no Novo Testamento
Elias é mencionado várias vezes nos livros do Novo Testamento, principalmente em relação à identificação de seu ministério com o de João Batista. Entretanto, a menção mais extraordinária de Elias no Novo Testamento é no episódio da transfiguração de Jesus. O profeta apareceu junto de Moisés ao lado de nosso Senhor (Mateus 17:1-3; Marcos 9:4).

Ainda no Novo Testamento, o apóstolo Paulo citou o profeta Elias (Romanos 11:2-4), e Tiago, em sua epístola, também mencionou o profeta ao fazer uma exposição sobre a importância da oração (Tiago 5:17,18).

CONTINUA 

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José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.

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